15 de junho de 2010

. ele .

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ele lê nas entrelinhas do meu corpo
o que meu corpo sente sem que eu mesma saiba

ele sabe, desde sempre, que as curvas
em que me deleito, se deitam tortas no meu leito inerte

ele vive, como eu, uma vida silenciosa,
tão silenciosa com seu exagero de palavras

ele vê, se embaçando com seu olho esquerdo
o olho direito se embaralhando todo...

é assim... e assim... ele não assina
o que assume quando some dentro de si

mesmo


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