8 de julho de 2011

. Dona Urgelina Alves Barros .


Ela é assim: essa coisa de evitar falar e estar sempre cantarolando, de estar sempre observando o mundo a girar pela janela, captar as cores do dia, sentir as coisas o dia inteiro: em sua quietudo do corpo. Não sei, ela tem o dom de dar sabor especial às comidas que cozinha, de se guardar no silêncio do que acredita, de ouvir a vida, de fazer qualquer pedaço de terra um jardim fértil de alegria. Cores de flor com cheiro de janela, de flor em flor, uma força doce e singela ao mesmo tempo amarga e madura.  Ela dança com as mãos na cintura, brinca de criança fazendo careta, ela caminha pelas ruas encontrando em cada esquina os sentidos de seus mistérios  e ela é rodeada deles. Às vezes penso nela como o cheiro suave e forte de um cravo, de uma beleza singela de doer no olha da pupila. Ela é linda, ela canta fino como passarinho e ela voa plena em si mesmo em suas infinitas histórias...

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