15 de setembro de 2008

. entre quatro paredes .

. é como se as paredes me olhassem no fundo dos olhos atacando meus estômagos . elas vêm . começando por dentro de mim . por dentro dessa pele que tanto afirmo oca . por dentro dos poros sujos do mundo que guardo sem jeito aqui dentro de mim . por dentro de um intestino que não funciona no meu ritmo . nunca . abafar-se em paredes . entre quatro paredes não caber-se em si . o silêncio das paredes sufocam-me um grito seco . me estrangulam azulejos . vontade ranzinza de morte . onde a paz se apresenta estranha diante dos olhos . onde fincam os dentes a tentativa de comer tudo . e tudo .

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