15 de setembro de 2008

. mais uma de existir .

. O peso da vida não cabe na mochila . e tudo vaza em sua plena consciência de não ser resposta pra nada . e talvez, por isso . seja . e talvez por isso que entre . no fundo do buraco negro da pupila . no buraco fundo do estômago . do ouvido . dos poros . no fundo da pele, onde o mundo toca em mim . e eu toco o mundo . a poesia da vida se descobre assim . em cada silêncio abastecido de incertezas . que devoram a consistência inexata da vida . onde dói ser . onde não cabe o ser alguém . algo . qualquer coisa . porque dói acabar . como se a vida acabasse em cada palavra . em cada reflexo no espelho . o peso do vazio não cabe na boca . e o sentido das coisas silenciosas são levadas pelos vasos sanguíneos até a ultima ponta . até onde o mundo explode em si . onde as coisas no seu sentido mais desorganizado me compreendem . com a calma do mar quando me lambe . e sente o gosto amargo que carregam os poros solitários . dessa gastrite aguda . que se faz a fantasia da existência .

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