15 de setembro de 2008

. marés .

o lado de lá
mais calmo
na sua ampla inexistência
mais concreto
na sua abstrata singularidade
mais sadio
como um corpo sem nada
nem mesmo o próprio corpo
próximo ao estar onde nunca se coube chegar
ausência de palavras

sonhos
são
o
que

de
mais
racional
em
mim

do lado de cá
existir em uma vaga inexistência
não dói muito alto
matar a vida
o conforto
é o que não cabe
dentro de si mesmo
ponto final

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